Pois então, quando estávamos no aeroporto paramos pra pensar o que faríamos, completamente livres, o que significa também perdidos. Perguntamos a uns brasileiros em qual hotel ficariam e um dos meninos nos deu um mapa que tinha impresso na internet, já que não o usaria mais pois já tinha conseguido um carro que o lavaria lá. O mapa dizia o metrô que teríamos que pegar pra chegar lá, fomos então procurar por onde sairíamos do aeroporto pra encontrar a tal estação do metrô.
Quando estávamos procurando a saída tinha um casal de brasileiros olhando o mapa do metrô e acabamos indo com eles. Pegamos um trem do aeroporto, que é circular, em torno do aeroporto. Daí já fizemos a conexão para o metrô e fomos a maior parte do tempo com esse casal. Eles estavam a passeio, eram super simpáticos, de São Paulo os dois. Compramos o ticket do metrô de uma semana, que custou 27 dólares e poderíamos usar por todo o fim de semana, nos trens, metrôs e ônibus, muuito bom, um adianto enorme.
Eles desceram e continuamos mais algumas estações sozinhos, saltamos já próximos ao hotel mas não sabíamos o número, só a rua. Perguntamos e ninguém sabia, perguntamos ao policial e ele também não sabia, daí entramos num café, pra tentar entrar na internet e ver o endereço, mas tinha que pagar pra se conectar. A Chai, então, ligou pra irmã dela, que conseguiu achar o endereço. Fomos até lá e não tinha mais vaga...terrívelllll.....
A moça da recepção nos indicou um outro, bem longe dali, que com certeza teria vaga, fomos então pra lá. O que mais incomodava era carregar a mala pela rua. E pior ainda era descer e subir as escadas do metrô, a mala da chai é de rodinha é meeeeega pesada, tinha que carregar no colo pela escada, enfim....horrível...
Chegamos enfim no hotel indicado, com o braço doendo das malas, torcendo pra não ser muito cara e podermos ficar. Ficamos e estamos aqui até agora, de onde estou escrevendo. É o Hostel L, na esquina da 118th street com a Adam AV. Pagamos 31 dólares no primeiro dia e trocamos de quarto no segundo, passando a pagar 23 dólares no segundo e terceiro dias.
Logo que chegamos a Chai falou com um brasileiro, ela achou que conhecia o menino do avião, não era ele, mas foi ótimo porque ele conhecia bem Nova York e chamou a gente pra dar uma volta, junto com mais dois brasileiros conhecidos dele. Subimos pra deixar as malas e descemos pra sair com eles.
Foi ótimo, aprendemos a andar no metrô, o que é fácil depois que você aprende, mas em princípio é terrível, são muuuitas linhas, diferente do Rio que só duas linhas...patético o metrô do Rio. Realmente as estações daqui são horrorosas, cheias de goteira, sujas, mas a questão é que funciona, o metrô e o trem cortam toda a cidade, é perfeito.
Pegamos o metrô até o sul da cidade, visitamos uma ponte que conecta Nova York ao Brooklin, a Brooklin Brigde. A vista de lá é linda, foi praticamente a primeira visão que tive da cidade, estava assimilando tudo ainda, muita informação, uma paisagem bem diferente, mas cheia de semelhanças. É difícil entender o quão longe estamos no início, parece um lugar comum, ruas, carros, pessoas, só o frio que é beeem diferente. A paisagem também, mas a impressão é que tudo é um filme.
A ponte era linda, enorme, no meio dela dava pra ver a Estatua da Liberdade, pequena feito um ponto, no meio de uma ilha um pouco distante. Dava pra ver o Empire estate também, mas tudo longe, colocarei as fotos na internet, do primeiro dia. E o mais legal de tudo, estávamos no centro financeiro do mundo, do lado da Wall Street, ali que tudo acontece, é estranho estar ali. O que mais marcou mesmo na ponte foi o frio, muito frio, o corpo ficava dormente. Em algum momento percebi que não sentia minha orelha, tava dormente, depois não conseguia falar direito, era difícil de abrir a boca, um frio cortante, doía mesmo.
Saímos de lá correndo, sem agüentar mais o frio, foi muuuuuuito legal. De lá fomos procurar roupas de frio, o Tiago, que conhecia melhor Nova York, nos levou numa loja bem barata, comprei Cachecol por 5 dólares, meias, um gorro daqueles de Russo, horroroso, mas muito quente, uma maravilha. Partimos de lá para uma pista de patinação no gelo, no meio de uma praça. Não lembro o nome, estava super cansado, quase desisti de ir, mas fui, e foi muuuuuuuito bom!!!! Alugamos o patins por 12 dólares e podia andar quanto tempo quisesse, não queria mais sair, nunca mais, é muito legal...
Ah já ia esquecer, fomos numa loja de brinquedos muuuito legal, parecia um sonho, linda demais, dava vontade de ser criança, queria que a Alice estivesse comigo lá, ela ia ficar louca, tinha vendendo a boneca igual a que ela tem, aquela que come e fala. O lugar era liiiindo, com um dinossauro gigante do Parque dos dinossauros, a Estátua da Liberdade de LEGO, vários carrinhos irados, vou tentar comprar um de controle remoto pro meu irmão na volta, acho que ele ficaria mais doido que a Alice naquele lugar, ele ia surtar. Tirei fotos de algumas coisas, vou colocar na internt.
Andei por uma hora, eu acho, sem cair nenhuma vez, aí na última volta levei um tambaçoooo...muito bom!!!! Mentira, foi péssimo, fiquei cheio de gelo, e com a mão doendo, mas foi engraçado. Saímos de lá e viemos embora pro hotel, precisava muito dormir, não tava agüentando. Durante o dia comemos no KFC e no Burger King, a comida aqui é cheia de pimenta, a maioria. Horroroso!
Escrevi um pouco e depois fui dormir, dormi suuuper bem, pesadíssimo, até o dia seguinte às 11h. Tomei um banho maravilhoso antes, a água é muito boa, quente demais, adoro...
Vamos então pro segundo dia, saímos sozinhos pela primeira vez. Foi bem legal também.
Continuo daqui a pouco. Cansei o dedo de escrever. Abraço a todos.