quarta-feira, 14 de abril de 2010

curiosidades...

Uma pessoa foi fuxicar meu orkut.

Curiosidade acredito eu.

Obvio.

Mas entrei no álbum da pessoa em troca do ato curioso.

Quando entro, em uma foto:

“Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são referências, só. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca”.

Tudo tem sua razão de ser.

E concordo com a pessoa.

ritmos.

Em uma agenda antiga releio:

“ O velho seresteiro continua a tocar. È música de dor ou são versos de dor?

Ótima pergunta. O que vira pela frente? O que escreverei nas próximas páginas, versos de amor ou relatos de dor? Só vivendo e esperando para saber...” 15 novembro de 2004.

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Era tão sofrida que a frase era "É música de dor ou são versos de amor?"
E quase 6 anos depois a música muda...
Feliz.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Usando a culpa a nosso favor.

foto que tirei em POA no FSM2005 na porta de um banheiro masculino...


Tem dias que a gente surta. E os homens nunca vão entender. Mulher é louca? Sim, sim, porque não? Claro que é, mas quem disse que isso é sempre ruim? A culpa é sempre das mulheres delas serem assim? A palavra loucura tem o histórico de ser usada no pejorativo para situações incompreensíveis e nós mulheres, sabemos que homens são limitados. De futebol e suas regras elem entendem. De bola, entrar na área, impedimentos, mas na batalha dos relacionamentos, de como sustentar uma relação eles não chegam nem no banco de reservas, marcar gol? Até de mão as vezes é difícil. Mas as vezes mulheres precisam de homens, então...

Eu faço parte da categoria mulheres que já foram chamadas de loucas mais de uma vez. Tem motivos, claro, mas todos justificáveis, pena que eles nunca querem entender (ou não conseguem) nem que seja por problemas hormonais. Já fiz escândalo, o famoso e clássico barraco, já chorei de maneira descontrolada, sofro de tpm religiosamente todo mês, e assumo que já perdi o controle e namorado por causa disso. Mas não da para mudar, é fato: nasci mulher. Existe um gap profundo entre as necessidades de homens e mulheres.

Esses dias, sentada no bar com amigas e o assunto sempre passa no momento, "e ai? Ta apaixonada? Ta pegando quem? E aquele menino como tá? Tem visto? " Eis que ouvi histórias de loucuras alheias... (É bom saber que você não é única no mundo). Ouvi a história da louca do baixo gávea que quebrou a garrafa de cerveja e queria matar o namorado, da que viu o ex na boate com outra e tacou os seus saltos altos, da que viu um ex-ficante com outra “piranha” e deu um bico na canela dele, sem mais nem menos, da que liga para brigar sem motivo... enfim... Os homens nos deixam louca com tanta desleixo, ou nós que deixamos eles loucos sem motivos reais? Sempre me irritou a calma que homens tratam diversos assuntos inclusive meus amigos.

Queria ter essa capacidade de simplesmente ignorar certas coisas e seguir em frente e pensar pq o juiz não marcou aquele pênalti, mas não dá, não consigo, é mais forte que eu! Continuo a amar dramas. E relacionamento sem briga... ai que saco! Não sou a favor do desequilíbrio emocional, claro que não, mas que fazer um charme... "amor... to com tpm quero chocolate" é bom é...As vezes o chocolate derrete... E mulheres sabem como fazer doce e acabar usando o doce para outros fins. Para mim a teoria que mulher sabe começar uma briga como ninguém é valida também para que mulher tem o poder de terminar uma briga quando ela quiser e da forma que ela quiser. Usemos isso a nosso favor, sempre.

"Se é loucura então, melhor não ter razão"

sexta-feira, 9 de abril de 2010

focos.

A cabeça não tem mais nó.

A dúvida não existe.

Existe foco, planos, sonhos, carinho, amor e principalmente respeito.

Fico pensando e sempre com medo de registros desnecessários de cabeça confusa, de passado atrapalhar o presente. Mas sigo acreditando na força que um amor pode ter.

Infelizmente todos têm passado.

E cabeças como a de mulheres dramáticas e neuróticas conseguem transformar uma gota em enchente sem muita dificuldade.

Sempre gostei de dramas.

Hoje não é isso que me sustenta.

Ser paciente, sóbria e acreditar.

Sigo assim, atingida por um raio. Arrepiada por uma força que desconhecia que poderia existir, feliz, muito feliz, mesmo transbordando em lágrimas todos os dias de saudades.

Agradeço a essa coisa que alguns chamam de Deus, outros de destino, essa coisa gostosa e incontrolável que da um aperto no peito, um nó na garganta, uma vontade de gritar todas as noites, de explodir a pessoa em um abraço...

O que penso agora é como fazer os sonhos virarem realidade?

Tenha fé em Deus, tenha fé na vida.

Contatos, trabalhos, dinheiro... será? Gosto dessa energia...

Vamos focar...

A Dor Que Mais Dói

"Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um estalo, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na esquina da mesa, dói morder a língua, dói
cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma brincadeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade que mais dói é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se
amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro
sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua chorando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não
saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu. Não
saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre
ocupada; se ele continua a trabalhar no relatório;
se ela aprendeu a conduzir;
se ele continua preferindo Stout;
se ela continua preferindo sumo;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua abraçando tão bem;
se ela continua gostando de Massas;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como conter as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a
todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que
você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler..."

Martha Medeiros

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O que encaixa? Tudo.
O que sempre fica? A saudade e os sonhos.
De que? Entende quase tudo?
Dias de chuva por aqui. Força no pensamento. Ação congelada.
Feliz com as trocas doces de sentimentos e saudades mútuas.

ouvindo "Dentro do mar tem rio" - Maria Bethânia.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

seja você quem for.


15 Jun 2007

“Recebi um e-mail outro dia. Esses de amizade que dizem sempre a mesma coisa. Mas esse me levantou um pensamento: será que vc acha que é isso? Já foi tudo que tinha que ser? Não consigo acreditar nisso, pq eu ainda te amo tanto quanto. Eu ainda tenho a esperança da gente se reinventar. Acho um desperdício toda essa história. Sinto falta de falar com vc, de sair com vc, de criar lembranças e fotos com vc. Seja você quem for, eu te conheço muito bem.

Eu sonho muito contigo. Muito mesmo. Acho que é uma forma louca da minha mente de suprir você. Sinto saudades sérias, penso em você em d-i-v-e-r-s-o-s momentos, tanto os que eu queria que você estivesse, que
você soubesse ou que você opinasse.

Tenho novidades na minha vida: intercambio no começo do ano que vem. Vou voltar pra França, morar lá um ano, fazendo algumas matérias da minha facul lá e trabalhando. To muito feliz e ansiosa pra esse intercambio chegar.



foto: Paris, França. Visita no meio do intercâmbio. Jun 2008.


A vida vem em passos velozes.

As vezes pode te esmagar ou deixar coisas boas acontecerem.

Um brinde a tudo que já aconteceu e o que falta acontecer.

Cardeninho azul

Revirando escritos passados.

Cardeninho azul: ano 2008.

Final do dia 18 de fevereiro. dia de médicos.

Passei anos, na verdade quase cinco para conseguir e não consegui. Vou virar budista. Sem apegos, ilusões e desejos. Enquanto não, rs, sofro.

Cansada com muito ciúme e com esperanças. Tem coisa maior que a paixão. E é o amor. Amor de filha, de sobrinha, de amiga. E hoje o amor cansou. A achama daquela paixão virou cinzas. Nova etapa se inicia 7, 8 meses não importam mais. Agora manter isso não é mais saudável para mim. Sossegar, dormir. Rezar por proteção e força. A força que une, separa. E é em favor das belas recordações que ficaram quero prometer não querer mais acompanhar uma vida que não é a minha. Viva então sua vida ai em paz. Se as nossas se cruzaram hoje elas se separam. Declaro aberta a temporada de que sou feliz aqui e agora. Na grande viagem em volta de mim e do que me cerca. Celebro com graça e desprendimento que vou lutar. Fácil não é, mas o impossível não existe. É realidade não comprovada. Sou um pão. Uma matéria que dorme e escreve. Como depender? Quero a liberdade de todos aqueles que eu amo. Chegou o novo marco zero. Suspiro de vida. Assopros de vontades. Amanha 54 anos de mamys. Beleza de amor perfeito.

22 fevereiro 2008 - 5:03h

Não quero escrever só quando estou triste. Hoje registro um tipo calmo de felicidade.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

CATAR FEIJÃO

CATAR FEIJÃO

Catar feijão se limita com escrever:

Joga-se os grãos na água do alguidar

e as palavras na da folha de papel;

e depois, joga-se fora o que boiar.

Certo, toda palavra boiará no papel,

água congelada, por chumbo seu verbo:

pois para catar esse feijão, soprar nele,

e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco:

o de que entre os grãos pesados entre

um grão qualquer, pedra ou indigesto,

um grão imastigável, de quebrar dente.

Certo não, quando ao catar palavras:

a pedra dá à frase seu grão mais vivo:

obstrui a leitura fluviante, flutual,

açula a atenção, isca-a com o risco.


JOÃO CABRAL DE MELO NETO

sábado, 3 de abril de 2010

Companheira.


Minha internet uma merda. Não consigo uma comunicação com a outra metade do mundo.

Sinto falta da minha querida Maria del Carmen. Do nosso ski cove number 7. Aquela casa, aquela energia, as noites com violão, o jantar com o funk do Pedro,a nossa filosofia, a amizade e o amor que imperava na casa. Lá eu não cheguei a duvidar de quanto era especial o tipo de encontro que estávamos tendo. De longe sei que a saudade dessa fatia de vida, desses dias de descuido e prazer vão fazer falta para sempre. A vida adulta inicia mais uma vez, com responsabilidade, mas sempre assim, regada de muito amor.
Lá na América, redescobrimos o prazer de sermos sul americanos, latinos, com nosso Javanês e garçonetas de cada dia. A comunicação não falha quando você de fato quer se comunicar. O work experience me ensinou a dialogar em espanhol, as vezes em esperanto e a sentir a energia dos olhos.

Minha Carmen, minha companheira de dramas, de brigas, te estranho. Muitas, muitas saudades, sei que esse encontro da vida não acabou por aqui. Te vejo no Rio. Vou arrumar minha internet para poder manter a rede de fofocas internacional.

Felicidade.


Ter medo da felicidade é estranho. Mas normal, não?

O final da temporada América foi incrível... Califórnia... Realizar o sonho do Grand Canyon, Holywood, Las Vegas... realmente é bom tomar cuidado com os sonhos, pq eles de fato podem virar realidade. Uma boa parte virou. Construo novos sonhos. Objetivos reforçados e alguns renovados. Bom sonhar.

“Felicidade se encontra em horinhas de descuido” já diria minha flor Camila, é bom que fui tão descuidada.

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Dia santo.
Em casa com chocolates.
Hoje duas horas no telefone.
Coisa rica... Logo vejo o futuro invadir a janela, o aeroporto, o Rio...
Sigo leve.

De volta.

De volta e com pensamentos ainda devagar, com a vida demora para entrar em algum ritmo convincente.
Deixei de escrever aqui, não falei mais com ninguém, amigos só p saber que eu estava viva. Nada de compartilhar histórias, não queria trazer para realidade a bolha que era estar em outro país.

Feri gente querida, que eu não queria magoar. O mínimo que posso pedir é desculpa. Sumi. Sumi de mim, de tudo. Para mim foi bom. Consegui pensar em mim e só em mim. O frio faz você pensar, pensar... Muita coisa eu consegui organizar dentro de mim, outras coisas vieram de surpresa e segurei até quando pude. Mas o racional não consegue imperar por muito tempo. Não na minha vida. Mas fui idiota e imatura de ter fugido das coisas boas que deixei no Brasil. Corri das coisas ruins, mas acabei correndo das coisas boas também. Idiota. O que vale?

“Convenço as paredes do meu quarto e durmo tranqüila, mesmo sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo...

Coragem, coragem, se o que vc quer é aquilo q pensa e faz...”

Ouvindo Raulzito...

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