quinta-feira, 17 de junho de 2010

Era uma vez, Rondônia.

Era uma vez... Uma menina que em uma madrugada resolveu dizer sim e foi viajar. Era uma viagem de 20 dias... Sozinha, para lugares distantes. Dois anos depois ela revirou seus escritos e achou um monte de rabiscos. Rabiscos que juntando nada daria, nada contam. Não tem narração, não faz sentido. Mais ali nos rabiscos tem instantes em que o pensamento sentiu alguma vontade louca de sair da cabeça e virar papel. Ela sabe que para viajar, não se precisa de muito. A melhor viagem é dentro do seu próprio quarto. Mas o longe as vezes revela o perto.

E assim foi uma viagem em que ela encontrou tantas flores no caminho... Em que a energia da floresta e das flores faz ela acreditar até hoje na força do amor. E desde de lá ela carrega com ela a poesia da arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.

As queridas flores encontradas no caminho.




10 janeiro 2008

Casa- 02:08h- madrugada.

Medo. Amanhã. São Paulo. Rondônia.

Vida louca.

Decisões bizarras. Vou. Sem convites e molengas e sem vacina de febre amarela.

Vou.

11 janeiro 2008

17:10h

Estou no Mato Grosso do Sul. Acho eu.

Ônibus que quebra. Viagem incerta. Se nariz. Quebra. Rala. Incerto. Descrente. Contente. Viagem geográfica. Aqui, todos no mesmo espaço. Batucadas e tãn tãns. Eeeeê! Quebrou uma garrafa.

Que saudade? Será? Ainda não. Sinto falta de. Sonho com. Espero por. Objetos diretos ou indiretos. Seja crente. Seja descrente.

Foto no ônibus. Carioca alegre no samba em 5 dias de ida.

Dormindo depois de madrugadas "do terror".

12 jan 2008

Mato Grosso – Jaciara

Total. Borracha de motor quebrada, pneu estourado. Muita espera, muito longe. Samba que anima, que não deixa dormir. Não dá para ter mal-humor. Seguimos. Dormimos. Banho. Escova. Cigarro. Catuaba. Samba. José Cuervo. Maconha. Batuques. Para na estrada. Espetinhos. Batuques agudos, mas felizes. Breja meu. Mai uma. Ta longe... longe... 1400 km? Pamonha a 50m. Horizonte plano. Planalto no centro-oeste. Seja o que for, lindha. Seja o que for deixar entrar, no meio, no oeste. No que se deixa. No que se vai. Outras paisagens. Segue momentos. Chuva. Água. Abre a roda.

14 janeiro 2008-12-03

Rondônia - UNIR

Moscas, muitas moscas. Discussões de ontem. Grupo de cores, brigadas. Geografia na rua? Rua...

Noite de ontem. Irritação. Sem paciência com histórias. Forró ontem deu saudade...

Ainda com saudades que me viram pelo avesso. Agora penso já que estou aqui longe de casa e perto de outras coisas. Coisas que precisam de dinheiro. E coragem. E companhia. Situações novas. Pessoas legais. Forró de saudade. Sambas de emoções.


Muro da faculdade.... Que siga o sol dos encontros.



17 janeiro 2008 - Rondônia

Mais um “Koynes...” na minha vida. Embalado por baixa pressão. E ouvidos tampados.

Sem que eu já não sei. Pessoas.robos. tudo cai. Formigas sem ordem. Confusão sem o caos. O homogêneo caótico.cigarrette real. Grand Illusion. Soldado sem a morte. Luzes que não querem mais serem da Ribalta.

Fatos. do que vale registrar tantos pequenos segundos, instantes de momentos reproduzidos para? Pq? Sempre as mesmas perguntas, temas que se separam para juntar as idéias. De que vale.

Cipó, Lapinha, travessia, carnaval, babilônia, 9horas, Sá. Só. Ponta Negra, tabuleiro. Se eu soubesse eu teria ido. Caminho bonito de fazer. Lugar visualmente sem igual. Vale do Soberbo. Muita água, diamante, quedas, gigante. Nossa. Tabuleiro que gira, se envolve, olho lux. Rio e praia. Cachoeira e litoral. Ilha do Cardoso. Com bicicleta.

18 jan 08 – aqui, sol e moscas. Feridas na perna de quem coça e não consegue não se ferir.

20 jan 08 – no ônibus voltando para SP. Na estrada. Música de sexy time. Momentos que vão ficando para trás.

Madrugada no bus. Cuiabá fica. Saudade que já aperta. Não sei o que fazer para... para o que? Também não sei. Minha cabeça roda longe. Minha mente, meus desejos. Como controlar as vontades que vem? Ando sempre no escuro. Apenas a lua ilumina as sombras. Não posso mais escrever no escuro. Quero coisas que eu não posso ter. Fica a vontade no desconhecido. E fatos nos planos das idéias. Será que ta saindo o que eu to escrevendo?

21 jan 08

No bus – MT

Não consegui dormir. A impaciência e a TPM me deixam em estado de alerta. A Lua Cheia me tira o equilíbrio racional. Sinto meu corpo pulsando. Sinto raiva, tenho vontades. Sou a compreensiva e a estúpida em um só momento. Doce. Acida. Viajo em cores, em sentidos. Masme segurei esperando fazer o racional e o correto.

E... Redescobrindo um Brasil infinito...


24 jan 2008

de volta ao Rio. No Leme. Pés para o alto. Inchados ainda.

Caneta falhou...

Meus pensamentos viraram...

Foram para o ar. Penso muito. Depoimentos. Cartas. “Volta logo po...” quantos pontos de suspiro eu escreveria para agora. Experiência. Se 2008 foi instaurado como o ano da saudade, declaro o ano de construção, de viagens, descobertas, prazeres. Desejos que vão, que ficam, que nascem. Sonhos que não acompanham a velocidade da transformação. Lua Cheia. Pés inchados. Com essa Lua não tenho medo de doenças. Tenho medo de meu querer não caber em mim. Não vamos planejar menina. Olha na janela o brilho, reflete no sorriso, reflete nas lágrimas. Reflete em sentimentos. Uma saudade. Conquistas e desejos. Na floresta será que tem a formula para tanto? Se eu morrer agora... morro feliz. Deixando, levando, cultivando saudades.

Arrepiei a alma. E a Lua que grita e inspira pela janela. Elemento de força. Um dos poucos visíveis...

Vejo. Tolo. Sou o que eu quero, não importa tanto. Vamos sentir o meio. O micro, os máximos. Vem. Tenho vontades. Melhor ir dormir. Hoje meus pensamentos não me dão folga. Caso o acaso ocorra peço que multiplique minhas palavras. Queria que meus pensamentos virassem livros em papel multiplicado. Leia a historia de um. Sendo quem é. Sendo. Hora de pensar, sonhar, dormir...


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