segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sonhos.

http://www.youtube.com/watch?v=wNoqYFO2sE4&feature=related

Buñuel movimentou o cinema em direção ao sensível. Para ele, a realidade contém a surrealidade e vice-versa; sua câmera é o olho no estado selvagem. Apesar da parceria, Dali e Buñuel tinham objetivos diferentes quanto ao resultado do filme. O primeiro queria penetrar o domínio incandescente, onde o sonho e realidade se misturam, confundindo-se em um ato de libertação. Para o segundo, o mais importante era o deboche ao burguês. Buñuel queria ultrapassar os limites freudianos, erguendo-se na angústia, nos gritos de revolta e na recriação do sonho.

sonho, sonho, sonho...

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.

Fernando Pessoa

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