domingo, 7 de dezembro de 2008

Sábado comigo


Mais um tempo.
Tempo de madrugada de sábado a noite. O que fazer?
Fuma um cigarro. Recebe uma ligação. Várias vezes a mesma pessoa. Mas o tempo dessa pessoa... Será que acabou?
Atendi o telefone. Fiquei feliz no primeiro momento. Mas depois?
Bom. Já usei um para esquecer outro. O outro para esquecer mais um.
Mas você... ao contrario desses alguns que passaram, quer mais tempo comigo. Ligou segunda. Ligou terça. Ligou sábado. Vou dar um tempo para você domingo?
Não sei... Talvez se eu quisesse já teria. Já dei. Mas não.
O que eu quero eu não sei. Mas sei o que não quero? É isso mesmo?

Mas hoje, nessa madrugada de sábado, escolho a minha cama sozinha, dvd rodando, um hambúrguer com maionese e meu maço de cigarro.

Curtir sua própria depressão pode ser uma escolha, às vezes. Hoje foi.
E chorar, rir, escrever e saber que poderia até estar em um outro lugar, mas escolhi estar aqui com você, meu cigarro, me faz bem. Hoje. Amanhã pode não fazer mais.

_
O sabor da melancia.

Pensando sexo a três.
Você já fez?
Hum... Não é Freud que fala que nunca estamos na cama com dois?
Tem de principio você e o outro.
O que o outro pensa de você e o que você pensa do outro.
O que você pensa que o outro pensa de você e o que o outro pensa que você pensa dele.
Infinitas combinações.
Sexo a três aumenta tanto isso. É bom? É. Mas, mais um significa menos um na relação de dois? Nem primeira, nem segunda, nem ultima vez. Sejamos cosmopolitas e vivamos as frustrações e conquistas da nossa época. Já quebraram as barreiras da monogamia, da homossexualidade... Qual a próxima? É retroceder e repensar uma relação a dois? Existe isso ainda? Alguém consegue viver com os defeitos alheios, sem buscar as qualidades alheias também? Vivo com seus problemas, desde que...
_

Não sei como guardou ai as lembranças de mim. E você também não fala. Ou fala.
Se você não tivesse ido? Fica no plano das idéias.
Imagino que ficaria satisfeita e sempre incompleta. O que temos podemos perder. O junto fica separado. Cada dia pesou.
_

Diz ela: desejo é o desejo de desejar. Desejar sempre algo buscando a satisfação. Satisfação essa que nunca é plena. A sina do ser humano é estar sempre em busca de algo que ele sabe que não vai ter.
Vemos no outro um objeto de satisfação. Se esse outro se vai?
_

As lembranças começam a se diluir.
A diferença é saber fazer com o que passou.
Hora de transformar a perda em sentido.
O que há de novo para descobrir?

____

Meus amigos me proibiram de renovar a vida com um caso passado. Porque não? A mesma pessoa ainda te dá prazer e você precisa dela em alguns instantes de redescobertas. Será? Precisar é forte. Mas ta ali... tão de bobeira. Disseram-me que o novo tem que vir com o novo, não com um velho reinventado. Ok, eu concordei. Mas só fiz um pequeno teste com o passado. Algum problema sério nisso?
____

É isso.
Achei a expressão no meu caderno: Gozo sem lei.
Você não quer saber de castração.
Já diria Madalena, meninas achem um homem castrado.

2 comentários:

flu disse...

escondendo textos de mim?

Anônimo disse...

Socos na alma transformados em teoria psicanalítica... rejeição em dialeto freudiano.
Seu tempo acabou, tchau e benção!

Beijosmeliga.

  • ()
  • ()