quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Eu e Hamlet.


Emprestar mil artimanhas a língua.
Não há nada de bom ou mau sem o pensamento que o faz assim.
Feliz por não ser excessivamente feliz.
Porque é desperdício.
E assim é. Dia de rei.
Todo menino é um rei?
Eu sou rainha protegida por Yemanjá.
Das águas. Da lua. Das mutações.
O hábito revela o homem?
Tem cuidado, então; o medo é a melhor defesa.
Uma jovem se seduz com a sua própria beleza.

A minha razão se opõe a minha natureza.
Equilibrados, em balança justa, o prazer e a mágoa.
Insistir é teimosia.
Parte um coração em dois.
Viva com a outra metade.
Simula uma virtude.
O costume, esse monstro que devora qualquer sentimento.
Demônio dos hábitos.
Então, ainda uma vez, boa noite.
Uma palavra a mais, boa senhora.

Eu não estou louco de verdade;
Estou louco somente por astúcia. Seria bom que ele soubesse assim;
Pois, se uma verdadeira rainha, justa, sóbria e sabia, não fosse capaz de revelar a insanidade do não ser igual, e gritar, e chorar. Quem o faria?

O tempo te pertence e gasta como entenderes as qualidades que tens.

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